A questão da produtividade do trabalho (em edição)
Quando se fala de salários, nomeadamente salário mínimo, vem sempre à baila a comparação entre o praticado em Portugal e noutros países nossos parceiros.
Invariavelmente se argumenta que os portugueses trabalham mais que os seus congéneres europeus, descartan-se a questão da produtividade do trabalho dos portugueses que, quer queiramos quer não, apresentam taxas de produtividade mais baixas.
Mas, donde vem a produtividade do trabalho?
Vejamos um exemplo:
José e João são ambos lenhadores e dedicam-se à recolha de árvores mortas e à sua posterior preparação para vendas de lenhas para os invernos.
José, dispõe de um pequeno tractor com reboque, uma motosserra e um machado para rachar os troncos mais grossos para servirem para as lareiras.
João, está igualmente equipado, mas investiu num "rachador de lenha" que acoplado ao tractor consegue rachar muito mais lenha do que o machado do José e com muito menos esforço.
Basicamente, ao fim de um dia de trabalho o José consegue encher um reboque de lenha com cerca de 6m3.
O João, por sua vez consegue o dobro no mesmo número de horas. Para o mesmo esforço, para o mesmo número de horas de trabalho, para o mesmo nível de qualificação, o trabalho do João rende o dobro do do José e, ao fim do dia consegue uma remuneração muito superior.
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